sábado, 3 de novembro de 2012

DE VOLTA A IDADE DAS TREVAS


Reportagem mostra que ‘viga mestra’ da tese do STF é falsa e Dirceu reage à condenação


22/10/2012 21:01, Por Redação - de São Paulo
Materia extraida do Correio do Brasil online
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MATERIAM

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Raimundo Pereira, jornalista conhecido pelo rigor com que checa as informações que usa, abre a reportagem a ser publicada na sua Revista do Brasil, edição nº 64, nas bancas a partir do próximo 1º de novembro, com a afirmação de que “não houve o desvio de R$ 73,8 milhões do Banco do Brasil, viga mestra da tese do mensalão”. E parte para a demonstração dessa afirmação.

A matéria disseca, analisa a fundo, a tese que Raimundo definiu como a “viga mestra” do mensalão. Escreve: “Essencialmente, a tese do mensalão é a de que o petista Henrique Pizzolato teria desviado de um “Fundo de Incentivo Visanet” R$ 73,8 milhões que pertenceriam ao Banco do Brasil. Seria esse o verdadeiro dinheiro do esquema armado por Delúbio e Valério sob a direção de José Dirceu. Os empréstimos dos bancos mineiros não existiriam. Seriam falsos. Teriam sido inventados pelos banqueiros, também articulados com Valério e José Dirceu, para acobertar o desvio do dinheiro público.”

A tese, segundo Raimundo, é falsa. “O desvio dos 73,8 milhões de reais não existe” e “os autos da Ação Penal 470 contêm um mar de evidências de que a DNA de Valério realizou os trabalhos pelos quais recebeu os R$ 73,8 milhões”.

Raimundo não afirma isso por simples boa fé ou por algum interesse em livrar este ou aquele réu: no site da revista ele dá acesso a 108 apensos da Ação Penal 470 com documentos em formato pdf “equivalentes a mais de 20.000 páginas e que foram coletados por uma equipe de 20 auditores do BB num trabalho de quatro meses, de 25 de julho a 7 de dezembro de 2005 e depois estendido com interrogatórios de pessoas envolvidas e de documentos coletados ao longo de 2006”.

Segundo afirma, a auditoria foi buscar provas de que o escândalo existia de fato. Encontrou documentos que provaram o contrário. Com base nas conclusões dos auditores, Raimundo afirma que “o uso dos recursos do Fundo de Incentivo Visanet pelo BB foi feito, sob a gestão do petista Henrique Pizzolato, exatamente como tinha sido feito no governo FHC, nos dois anos anteriores à chegada de Pizzolato ao banco. E mais: foi sob a gestão de Pizzolato, em meados de 2004, que as regras para uso e controle dos recursos foram aprimoradas”.

O jornalista diz que, tendo analisado toda a documentação da auditoria, encontrou questionamentos e problemas. “Mas de detalhes. Não é disso que se tratou no julgamento da AP 470 no entanto. A acusação que se fez e que se pretende impor através do surto do STF é outra coisa. Quer apresentar os 73,8 milhões gastos através da DNA de Valério como uma farsa montada pelo PT com o objetivo de ficar no poder, como diz o ministro Ayres Britto, “muito além de um quadriênio quadruplicado”.”

Em seguida, Raimundo Pereira classifica a conclusão a que chegou o tribunal de “delírio”. Escreve: “A procuradoria da República e o ministro Barbosa sabem de tudo isso ”. E conclui: “Se não o sabem é porque não quiseram saber: da documentação tiraram apenas detalhes, para criar o escândalo no qual estavam interessados”.

Viga mestra é a que sustenta a construção. Se ela é retirada, ou tem algum problema grave, a própria construção não consegue permanecer de pé.

Dirceu reage

Diante da condenação pela maioria do STF, por seis votos a quatro, Dirceu divulgou nota, na noite desta segunda-feira, na qual rebate as argumentações dos magistrados. Leia, a seguir, a íntegra da nota: Matéria do Jornal Correio do Brasil

 

Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha

Mais uma vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal em me condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha.

Assim como ocorreu há duas semanas, repete-se a condenação com base em indícios, uma vez que apenas o corréu Roberto Jefferson sustenta a acusação contra mim em juízo. Todas as suspeitas lançadas à época da CPI dos Correios foram rebatidas de maneira robusta pela defesa, que fez registrar no processo centenas de depoimentos que desmentem as ilações de Jefferson.

Como mostra minha defesa, as reuniões na Casa Civil com representantes de bancos e empresários são compatíveis com a função de ministro e em momento algum, como atestam os testemunhos, foram o fórum para discutir empréstimos. Todos os depoimentos confirmam a legalidade dos encontros e também são uníssonos em comprovar que, até fevereiro de 2004, eu acumulava a função de ministro da articulação política. Portanto, por dever do ofício, me reunia com as lideranças parlamentares e partidárias para discutir exclusivamente temas de importância do governo tanto na Câmara quanto no Senado, além da relação com os estados e municípios.

Sem provas, o que o Ministério Público fez e a maioria do Supremo acatou foi recorrer às atribuições do cargo para me acusar e me condenar como mentor do esquema financeiro. Fui condenado por ser ministro.

Fica provado ainda que nunca tive qualquer relação com o senhor Marcos Valério. As quebras de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico apontam que não há qualquer relação com o publicitário.

Teorias e decisões que se curvam à sede por condenações, sem garantir a presunção da inocência ou a análise mais rigorosa das provas produzidas pela defesa, violam o Estado Democrático de Direito.

O que está em jogo são as liberdades e garantias individuais. Temo que as premissas usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país afora. A minha geração, que lutou pela democracia e foi vítima dos tribunais de exceção, especialmente após o Ato Institucional número 5, sabe o valor da luta travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia. Condenar sem provas não cabe em uma democracia soberana.

Vou continuar minha luta para provar minha inocência, mas sobretudo para assegurar que garantias tão valiosas ao Estado Democrático de Direito não se percam em nosso país. Os autos falam por si mesmo. Qualquer consulta às suas milhares de páginas, hoje ou amanhã, irá comprovar a inocência que me foi negada neste julgamento.

São Paulo, 22 de outubro de 2012

JOSÉ  DIRCEU

 

                           A FARSA DO STF

 blog figueiroa

       A quem interessa tudo isso que está acontecendo no nosso país? Esse julgamento foi direcionado justamente para reverter o quadro político brasileiro.A mídia envolvida transformou esse julgamento em um espetáculo deprimente.Como uma suprema corte se comporta de maneira até certo ponto servil a esse sistema golpista que nunca realmente aceitou a volta da democracia no nosso país.As Organizações Globo outrora soberanas hoje faz das tripas coração para se manter como líder em audiência e assim arrasta as demais a fazerem programas pífios e despudorados, o que vale apesar de tudo é a audiência de publico cada vez mais desinformado e alienado com programações tendenciosas.há 20 anos atrás quando o Brizola era favorito em todas pesquisas para presidente, a Globo fabricou um estereótipo político justiceiro que ficou conhecido como “Caçador de Marajás” o Sr Fernando Collor de Melo. Agora volta a carga tentando impor outro como paladino da justiça o Ministro Joaquim Barbosa. Esse senhor ao longo da sua entrada no STF só tem colecionado desafetos, sempre se achando o dono da verdade absoluta,sempre que pode desrespeita o voto dos colegas ou debocha deles e isso foi facilmente observado ao longo desse tribunal de inquisição,apesar de ele ser composto por valorosos juízes cientes de suas responsabilidades para com a lei.A Globo mostrou todo o seu poderio ao tentar  manipular o voto desses magistrados.Vimos claramente o ódio de alguns deles ao proferir suas sentenças até a baba caía na toga.Não entendi porque tanto ódio ou vingança.Sinceramente depois desse julgamento eu temo pelo o estado de direito no Brasil.Esse julgamento pode abrir brechas para julgamentos sumários e injustos, isto porque já não se precisa de provas contundentes e nem tão pouco presunção de inocência ao réu e assim voltamos a idade das trevas.Abaixo o Iluminismo.


            Transcrevo abaixo um comentário bem abalizado tirado do Correio do Brasil,onde o autor se mostra indignado com a frieza e o ódio de alguns juízes quando proferiram as suas sentenças

1.       

2.      ARNALDO GRUNOW

Eu procurei assistir a algumas sessões do julgamento, e fiquei assustado com a violência verbal e o ódio que alguns ministros destilavam em suas falas. A justiça não se apaixona, analisa fatos provas e dá o seu veredito. não foi o que ví! Assisti a um procurador da República informar que não é necessário prova, basta que alguém veja o fato e o delate. Isto beira a insanidade e nos remete à idade Média, aos tribunais de exceção e a Inquisição. Basta um acusador! Estou assustado, como poderão enganar todos e durante quanto tempo? O que fazer, se o Ministro Celso de Mello, raivosamente completava seu voto dizendo…- ainda que alguns com expressiva e esmagadora votação popular, ainda assim a justiça ira alcança-los. è uma ameaça direta à democracia

 

           O clima de golpe nunca deixou de existir para esse sistema mediático.A ditadura ainda não acabou e continua presente desde 1985, quando foi substituída por uma outra(?)

             Estamos vendo agora muitas coincidências. O quadro abaixo mostra a volta do aliciamento psicológico da população.Agora é a tese da do garoto pobre que venceu as suas vicissitudes e torna-se um novo “salvador” da pátria.Ora eu também carreguei frete na feira,fui auxiliar de mecânico,fui empregador de um bumba(fabrica de fazer cachaça),balconista de loja,eletricista e hoje sou geógrafo e mal “escrivinhador”.Mas me formei aos 58 anos de idade pela Universidade Federal de Sergipe, e nunca sai em capa de gibi. Graças a Deus sou anônimo. (blog figueiroa)

 
 
 
                TIREM SUAS CONCLUSÕES

 

                A Venus Platinada não se cansa de enganar ludibriar e alienar.Agora começa a bajular as Forças Armadas (Exercito) e a Igreja Católica com a novela: SALVE GOLPE. Qual as intenções por trás disso?Meu Deus! Nem São Jorge escapa da Globo

 Joseph Pulitzer ( 1847 - 1911 ) e Millôr Fernandes ( 1925 - 2012 )

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".

Millôr Fernandes em 2006:
"
A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”. 

                     

              EROS GRAUS X JOAQUIM BARBOSA

 

                                      Tribunal do povo

Joaquim Barbosa briga com Eros Grau por causa de habeas corpus

A luta do bem contra o mal do delegado Protógenes Queiroz chegou ao Supremo Tribunal Federal. Preocupado com a opinião pública, o ministro Joaquim Barbosa censurou seu colega Eros Grau por ter libertado Humberto Braz, braço direito do banqueiro Daniel Dantas. “Como é que você solta um cidadão que apareceu no Jornal Nacional oferecendo suborno?”, perguntou Joaquim.

Eros respondeu que não havia julgado a ação penal, mas se havia fundamento para manter prisão preventiva. Joaquim retrucou dizendo que “a decisão foi contra o povo brasileiro”. Em outro round, depois que Joaquim Barbosa — mais conhecido em Brasília como JB — deu Habeas Corpus para garantir a Daniel Dantas o direito de não se auto-incriminar em uma Comissão Parlamentar de Inquérito, Eros, em tom de gozação, comentou que esse HC repercutira mais que o dele. JB enfureceu-se.

A partir daí, o exercício de pancadaria verbal foi longe. Joaquim só não agrediu Eros porque foi contido. Ele chamou o colega de velho caquético, colocou sua competência em questão, disse que ele escreve mal “e tem a cara-de-pau de querer entrar na Academia Brasileira de Letras”. Eros retrucou lembrando decisões constrangedoras de JB que a Corte teve de corrigir e que ele nem encontrava mais clima entre os colegas. O clima azedou a ponto de se resgatar o desconfortável boletim de ocorrência feito pela então mulher de JB, tempos atrás: “Para quem batia na mulher, não seria nada estranho que batesse em um velho também”, afirmou-se.

Depois da encrenca, Joaquim Barbosa não voltou ao tribunal. O primeiro assalto teve lugar no Tribunal Superior Eleitoral, onde ele divide a bancada com Eros Grau. Foi na terça-feira (12/8). O segundo round foi na hora do intervalo para o lanche, no STF. Os dois começaram a discutir à distância, em voz baixa. Em pouco tempo, estavam aos berros — o que permitiu que os advogados no Salão Branco acompanhassem o embate. JB foi embora e não participou do resto da sessão. Tampouco voltou no dia seguinte. A justificativa foi a de que o ministro estaria com a pressão alta.

         

   O QUE O MINISTRO EROS GRAUS FALOU     SOBRE JOAQUIM BARBOSA

O fato se deu em Brasília, quando o ministro Joaquim Barbosa estava se separando da mulher e disputava a guarda do filho.A mulher registrou um BO em uma delegacia, no qual afirmava que ele a espancara

Quando ele entrou para o supremo a única mulher na época era a ministra Ellen Grace, que ao saber do fato disse: Vai vir para cá um espancador de mulher? – perguntou preocupada ao colega Carlos Velloso. O ministro Jobim em tom de brincadeira como pretexto para justificar a agressão  disse: A mulher era dele!

     RICARDO LEWANDOWSKY IMPEDE QUE ERRO CLAMOROSO SEJA CONSUMADO EM PLENÁRIO.

A Sessão (EXTRA) do STF realizada ontem para dar início a definição das penas que serão aplicadas aos RÉUS condenados na Ação Penal 470 demonstrou o quanto de absurdo e de arbítrio está tomado o atual processo. O ÁPICE de uma conduta absolutamente incompreensível por parte da mais alta CORTE do Brasil, se curvando à pressões e realizando um julgamento de tamanha magnitude a toque de caixa, aos sopapos, aos trancos e barrancos, na PRESSA - PRESSA - PRESSA de CONDENAR - CONDENAR - CONDENAR e ENJAULAR - ENJAULAR - ENJAULAR os RÉUS.

              Tomado pelo sucesso que lhe subiu à cabeça, incorporando a falácia do HERÓI que vai VINGAR o povo brasileiro dos corruptos, o Ministro JOAQUIM BARBOSA passou recibo de despreparo, fruto de seu açodamento e ÂNSIA de "FINALMENTE" como ele mesmo disse logo de início na sessão EXTRA do STF, poder aplicar a tal DOSIMETRIA.

 

Não fosse a sessão de ontem, e Barbosa teria tido tempo de com sua assessoria, revisar as penas propostas, aparar arestas e corrigir erros, além de disponibilizar documento para que os demais ministros pudessem acompanhar e entender o que o Relator estava propondo. Mas, para Barbosa e alguns outros Ministros, parece ser QUESTÃO DE VIDA E MORTE terminar esse julgamento até amanhã, dando tempo assim para que a MÍDIA e a OPOSIÇÃO explorem o fato antes do segundo turno das ELEIÇÕES.

 

A PRESSA - PRESSA - PRESSA de Barbosa, acabou lhe valendo e a alguns dos demais Ministros, um CONSTRANGIMENTO CAVALAR. Bateram cabeça do princípio ao fim, e Barbosa queria punir com multa um crime (Formação de Quadrilha) para o qual esse tipo de punição não existe no CPP, além de querer aplicar uma LEGISLAÇÃO não vigente à época do crime, estabelecendo pena maior do que a LEI PERMITE.

 

                            Depois de devidamente enquadrado pelo Ministro Revisor, que lembrou aos digníssimos pares de STF que as PENAS APLICADAS AOS RÉUS (QUAISQUER RÉUS) devem ser SUFICIENTES, e não um exercício de DEMOLIÇÃO, e diante de um RELATOR que não sabia onde estavam seus papéis e nem lembrava mais como havia votado, a sessão foi suspensa.

                      Lamentavelmente o STF está dando motivos para que os advogados de defesa entrem com uma série de EMBARGOS e, a essa altura, diante de tantos absurdos e exceções, inclusive com votos que descambam para a área de VISÕES POLÍTICO PARTIDÁRIAS, propiciando que apelações à CORTE INTERNACIONAL DE DIREITO sejam encaminhadas.
 

                 NA "PRESSA", O STF JOGOU FORA A OPORTUNIDADE DE, SERENAMENTE, MUDAR O PATAMAR COM QUE SÃO VISTOS E PUNIDOS OS ATOS DE CORRUPÇÃO NO CAMPO POLÍTICO E ELEITORAL. POR CEDER A PRESSÃO DA MÍDIA, O BRASIL ESTÁ SENDO COBERTO DE SUPREMA VERGONHA.

  Alguns textos foram extraidos do blog do saraiva e algumas materias soltas de outros blogs progressistas


A SEGUIR:  A PRIVATARIA TUCANA
 

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