quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A GRANDE FARSA.DIRCEU E GENOINO SÃO NOVAMENTE JULGADOS E CASSADOS PELO ARBITRIO


              A GRANDE FARSA.DIRCEU E GENOINO SÃO NOVAMENTE JULGADOS E CASSADOS PELO ARBITRIO

          A democracia brasileira sem duvida, vive hoje um dos dos piores momentos desde a redemocratização do país.Estamos assistindo uma decisão da nossa corte suprema de justiça, uma das piores barbaridades juridicas, já vista em um estado de direito.Quando vemos juizes condenarem réus por apenas presunção de culpa e outros se perderem em amaranhado contradições.É preocupante.E o pior foi o voto do presidente o Sr. Carlos Brito, que enxergou até golpe na culpabilidade dos reus.Uma barbaridade!
            Esse julgamento foi uma vingança sem duvida  nenhuma contra o José Dirceu e José Genoino.Agora pergunta-se:Porque esse ódio?Sinceramente não encontro resposta.Procurei ler as feições dos seus carrascos, e notei um certo prazer morbido ao proferir a sua sentença, não em fazer prevaleçer a justiça, mas sim em agradar à promotoria, no caso as Organizações Globo,a Revista Veja, a Folha de São Paulo entre outras afiliadas e afinadas com o arbitrio.Essa corja sem duvida está preparando um novo caçador de ilusões(marajás).Agora a situação torna-se mais grave, porque é um desses juizes dos supremo é o seu candidato favorito a presidencia da republica.Imagine se depois de assistir-mos um julgamento desse,que destino sombrio teremos pela frente. Como se conduzirá no comando do país esse cidadão se pro ventura candidatar-se ao cargo? Por certo o seu adversario se ganhar não tomará posse, pois "arrumarão" logo um "mensalão". O que faz lembrar o Carlos Lacerda sobre Getulio Vargas:


"O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar."

Carlos Lacerda,
deputado pela UDN, num artigo publicado em 1o de junho de 1950,
no jornal Tribuna da Imprensa
         Nesse caso é só trocar o nome do Getulio por Lula. è a velha e carcomida UDN tentando resurgir das trevas.A grande maioria dos juristas brasileiros e até em ambito internacional são uníssonos ao afirmar que esse julgamento é uma farsa juridica, e uma violação aos direitos do cidadão.Ninguém pode está acima da lei.Condenações jamais podem ser estabelecidas ao réu antes de julgá-lo.
          O fantasma de 64 ainda assombra nesse teatro de horrores, as forças deletérias dessa midia já mostram a cara e  as suas garras.Pressionam juizes para terem a sua propria sentença, e judiciario curvar-se acovardado a essa ignomínia. Nos comentários abaixo ver-se muito bem que tipo de suprema corte temos.Não digo que são desonestos, mas afirmo que julgaram o PT, Dirceu e o Genoino sobre pressão dessas organizações, o que é muito pior, pois prova de vez a fragilidade desse poder. Não julgaram de acordo com a lei, e sim por pura ideologia politica. Até que ponto chegamos.
                           blog do figueiroa
 


 

 












 

O STF escreve página de vergonha e arbítrio



Ministros do STF julgam a Ação Penal 470

Por Breno Altman – A bem da verdade, alguns dos magistrados foram coerentes com sua trajetória. Atiraram-se avidamente à chance de criminalizar dirigentes de esquerda e prestar bons serviços aos setores que representam.

O voto de Gilmar Mendes, por exemplo, transbordava de revanchismo contra o Partido dos Trabalhadores. O ministro Marco Aurélio de Mello, o mesmo que já havia dito, em entrevista, que considerava o golpe de 1964 como um “mal necessário”, seguiu pelo mesmo caminho. Mandaram às favas a análise concreta das provas e testemunhos. Apegaram-se às declarações de Roberto Jefferson para fabricar discurso de rancor ideológico, ainda que disfarçado por filigranas jurídicas.

Outros juízes, porém, simplesmente abaixaram a cabeça, acovardados. Balbuciavam convicções sem fatos ou argumentos dignos. A ministra Carmen Lúcia não listou uma única evidência firme contra José Dirceu ou Genoíno, contentando-se com ilações que invertem o ônus da prova. Foi pelo mesmo caminho de Rosa Weber, sempre pontificando sobre a “elasticidade das provas” em julgamentos desse naipe.

O papel nobre e honroso de resistência à chacina judicial coube ao ministro Lewandovski, o único a se ater com rigor aos autos, esmiuçando tanto os elementos acusatórios quanto as contraposições da defesa. Teve a companhia claudicante de Dias Toffoli, sempre apresentado pela velha mídia como “ex-advogado do PT”, sem que o mesmo tratamento fosse conferido a Mendes, notório áulico tucano.

Assistimos a um julgamento político e de exceção. Um aleijão que fere os princípios constitucionais e contamina as instituições democráticas. O processo está sendo presidido por teorias que possam levar ao objetivo pré-concebido, em marcha batida na qual são atropeladas seculares garantias civis.

A existência da compra de votos dos parlamentares é reconhecida sem que haja qualquer prova factual ou testemunhal. A transferência de recursos financeiros entre partidos passa automaticamente a ser considerada corrupção passiva, mesmo que não haja ato de ofício ou compromisso ilícito, renegando a jurisprudência da corte e abrindo as portas para toda sorte de subjetivismo.

Quadros de partido e governo são condenados porque a função que exercem traz em seu bojo a responsabilidade penal por supostos atos de seus subordinados ou até por aqueles sobre os quais teriam ascendência não-funcional. Em nome dessa doutrina, denominada “domínio do fato”, a presunção de inocência é fuzilada. Cabe ao réu comprovar que não teria como desconhecer o fato eventualmente delituoso.

Essa coleção de barbaridades e ofensas à Constituição ontem levou à condenação, por corrupção ativa, de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Dos três, apenas o ex-tesoureiro petista esteva vinculado a situações materiais, mas sem que houvesse qualquer elemento comprobatório de ação corruptora. Arrecadou e transferiu irregularmente fundos para os partidos, e desse procedimento é réu confesso, mas não houve registro fático que ele algo tivesse comprado que tivesse sido posto à venda pelos parlamentares denunciados.

Quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu a emenda da reeleição, o deputado Ronivon Santiago, então no PFL do Acre, confessou ter recebido R$ 200 mil para dar seu voto a favor dessa medida. Aqui temos valor, fato e prova mediante confissão – aliás, de um crime que o STF jamais se dispôs a julgar. Nada disso, no entanto, apareceu na ação penal 470. Apenas ilações e conjecturas a partir de mecanismos anormais de financiamento partidário ou eleitoral.

Mas o caso de Dirceu e Genoíno é ainda pior. Não aparecem na cena de qualquer crime, delito ou contravenção. A suposta prova contra o ex-guerrilheiro do Araguaia é um contrato de empréstimo contabilizado e quitado, cujas verbas não constam das transações interpartidárias, como bem demonstrou o ministro Lewandovski. Foi condenado porque a ele se aplicou a lógica de exceção: se era presidente do PT, não tinha como ser inocente das denúncias formuladas.

A condenação do ex-chefe da Casa Civil, por sua vez, apresenta-se como a maior das brutalidades legais cometidas. Salvo acusações do condenado Roberto Jefferson, não há contra si qualquer testemunho ou evidência. Ao contrário: dezenas de depoimentos juramentados corroboram sua inocência, formando verdadeira contra-prova. Mas a maioria dos ministros sequer se deu ao trabalho de citá-los ou analisá-los.

Ambos, Dirceu e Genoíno, tiveram seus direitos degolados para que os interesses mobilizadores do processo se consumassem. Há sete anos as forças conservadoras e seu partido midiático fizeram do chamado “mensalão” o centro da estratégia para enfrentar a liderança crescente do PT e do presidente Lula, de vitalidade reconfirmada em seguidas eleições, incluindo a do último domingo. Condenar os dois dirigentes era marco imprescindível dessa escalada.

O STF, acossado pela mídia corporativa, além de aviltado pelo reacionarismo e a covardia, prestou-se a um triste papel, escrevendo página de vergonha e arbítrio em sua história. De instituição responsável pela salvaguarda constitucional, abriu-se para ser o teatro onde se encena a reinvenção da direita. Quem viver, verá.

Breno Altman é diretor editorial do sítio Opera Mundi e da revista Samuel.

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Julgamento do ‘mensalão’ no STF atira o país à insegurança jurídica


 


Presidente do STF, Britto viu o golpe

A condenação do Supremo Tribunal Federal ao ex-ministro José Dirceu, entre outros réus na Ação Penal 470, lança o país à insegurança jurídica e transforma o julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’ em uma peça política de fins duvidosos. Este é o consenso a que chegam dois dos mais prestigiados jornalistas brasileiros, de meios de comunicação antagônicos e donos de pontos de vista diversos. Tanto o colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo Jânio de Freitas, quanto o editor do blog Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim, concordam que a falta de provas capitais, suficientes para se atirar uma pessoa às grades, transforma o Judiciário brasileiro em um pântano de incertezas e riscos. A opinião de ambos, no entanto, também é avalizada por consultas realizadas pelo Correio do Brasil a integrantes do Judiciário, entre eles juízes e desembargadores que, para não entrar no foco de um dos processos mais controversos da história brasileira, preferem guardar anonimato. Todos concordam, no entanto, que permanece a sensação de que a mais alta Corte de Justiça do país foi injusta, sectária e exerceu o seu papel distanciada das provas contidas nos autos.

Em artigo publicado nesta quinta-feira, nas edições impressa e online da Folha, Jânio de Freitas afirma, categoricamente, que “as deduções em excesso para fundamentar votos, por falta de elementos objetivos, deixaram em várias argumentações um ar de meias verdades. Muito insatisfatório, quando se trata de processo penal, em que está implícita a possível destinação de uma pessoa à prisão”. Ainda segundo o articulista, “o ar de meias verdades que o Supremo esparge, a par de verdades provadas, volta ao seu plenário em alguma medida desagradável. O ministro Celso de Mello quis dar-lhe resposta técnica, como longo preâmbulo a seu curto voto condenatório. Não disponho de juristas alemães a citar também, nem me valeria de uma daquelas locuções romanas disponíveis nos bons dicionários. Logo, não ousaria contestar os doutos da corte suprema. Mas todos os mal preparados podem saber que a atribuição do valor de provas ao que seria, no máximo, indício significa nem mais nem menos do que falta de prova”.

“Se há ou não há jurisprudência do Supremo para dar a indícios, na falta de poder mudar-lhes o nome, o valor de provas, não se altera esta realidade: indícios são sugestões, não são evidências, contrariamente ao que disse o ministro Celso de Mello. Indícios são, inclusive etimologicamente, indicações de possibilidades. Não são verdades. Nem mesmo certezas. No Brasil, o argumento da “insegurança jurídica” é brandido pelo “mercado” sempre que quer proteger privilégios. A consagração de indícios e deduções como provas, para condenações, é ameaça muito extensa. Ou seja, em muitos sentidos, instala insegurança jurídica verdadeira”, afirmou.

Vale tudo

Em comentário publicado nesta manhã, no blog Conversa Afiada, o jornalista Paulo Henrique Amorim também cita o ministro Celso de Melo em sua tentativa de convencer ao público de que a decisão do STF, para condenar à cadeia o ex-deputado José Dirceu sem uma prova cabal, seria legítima ou, no mínimo, amparada na Constituição. Celso de Mello, no encerramento da sessão desta quarta-feira, afirmou que os réus do mensalão agiram numa “agenda criminosa muito bem articulada”.

– Há elementos probatórios e não importa se são indiciários, porque os indícios se qualificam também como prova penal – afirmou o magistrado. Segundo o decano, os indícios “são convergentes, se harmonizam entre si e não se repelem, e, portanto, não se desautorizam mutualmente”.

“Uma catilinária. Uma peça política”, rebateu Amorim, que também qualificou o voto do ministro do Supremo, Ayres Britto, como um “delírio de outra natureza”. O apresentador do jornal noturno na Rede Record de TV explica:

“Ele viu o Golpe. Deve ser o mesmo Golpe que seu antecessor naquela cadeira sinistra – a da Presidência do STF -, o Gilmar Dantas, outro impoluto acusador, viu quando o De Sanctis, o de Grandis e o Protógenes prenderam o impoluto Daniel Dantas. De fato, prender o Dantas e o Naji Nahas (outro símbolo da elite paulistana) foi um Golpe contra a elite!”. Tanto Mello quanto Britto, segundo Paulo Henrique Amorim, aproveitaram o fato de votar por ultimo para “se inocentar”.

“Como votaram por último, a função, ali, era defender o Supremo da violação dos Direitos que a condenação do Dirceu perpetrou. Para absolver Collor de Mello, Celso de Mello não invocou o ‘domínio do fato’. E exigiu o ‘ato de ofício’. Agora, para condenar o Dirceu, se vale dos ‘… elementos probatórios e não importa se são indiciários…’. Vale tudo”, rebate o jornalista. E acrescentou:

“Os votos derradeiros de Britto e Celso de Mello foram uma auto-defesa. Eles sabem que criaram um Monstro. De que se valerão como advogados, depois da aposentadoria. Viva o Brasil!”.

Situação perigosa

Em recente artigo publicado aqui no CdB, o editor-chefe do diário, jornalista Gilberto de Souza, já havia ouvido de integrantes do Judiciário que é alto o risco de o julgamento da AP 470 gerar situações insólitas no futuro. “Se a compra de votos de parlamentares transitar em julgado na mais alta Corte de Justiça do país, com base nos votos consignados por guardiões da Constituição brasileira para que consigam dormir à noite, amparados na experiência de vida de cada um, ou ainda por não ser possível não se saber de algo que não foi dito, nem provado, nas investigações ao longo de quase uma década, a possível prisão do ex-ministro José Dirceu será a menor das consequências. A maior delas estará no risco em que viveremos, todos, diante de uma Justiça que se baseia em conjecturas e condena por presunção”, afirmou.

“A repercussão será devastadora se o Supremo materializar sem uma prova sequer, como constatou o revisor da AP 470, ministro Ricardo Lewandowski, os piores fantasmas da imaginária conspiração comunista mais barburda de que já se teve notícia, para perpetuar no poder o grupo liderado por aquele líder sindicalista, Luiz Inácio Lula da Silva, ligado aos ex-guerrilheiros Daniel e Luiza. É aí que começam as incongruências. Em primeiro lugar, os livros de História do Brasil precisarão contar que a tentativa do suposto esquema de financiamento da esquerda radical teve seu Joaquim Silvério dos Reis no ex-deputado de extrema direita Roberto Jefferson. Depois, que todas as votações na Câmara dos Deputados e no Senado, durante o período de vigência do esquema do ‘mensalão’, tiveram que ser anuladas por vício de origem, o que desmoralizará de forma indelével o Poder Legislativo nacional. E por último, embora não menos importante, nenhuma prova foi exigida no corpo do processo para que os réus seguissem às galés. O mais grave, porém, estará à frente, com o estabelecimento da jurisprudência”, concluiu o jornalista, sobre o julgamento no STF.

 




José Dirceu reafirma a intenção de provar sua inocência

Condenado nesta terça-feira pela maioria do Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro José Dirceu, que se encontrava em Vinhedo, interior do Estado de São Paulo, escreveu uma carta aos brasileiros, na qual reafirma ter sido “prejulgado e linchado” por não haver provas nos autos que justifiquem a decisão da Corte Suprema.

Leia aqui, na íntegra, a carta do ex-deputado José Dirceu.

Ao Povo Brasileiro

“No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir.

“Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.

“Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.

“Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.

“Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.

“Na madrugada de dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.

“A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.

“Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.

“Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.

“Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.

“Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver.

“Vinhedo, 09 de outubro de 2012.

José Dirceu.

 

 

                          HOJE VOCE É QUEM MANDA

 

 

             Há tempos que venho dizendo que estamos na  iminência de uma ditadura.Ela hoje começa a ficar mais clara.Hoje a própria governabilidade do país está sujeita a decisão de 10 ministros de um supremo já desacreditado ao longo desses últimos anos.As coisa estão iguais a 1964.naquela época eu tinha apenas 16 anos, mas já entendia que iríamos passar por graves momentos na nossa historia. Outrora os heróis dessa mídia reacionária e colonialista eram as estrelas ostentadas pelos generais,hoje é a toga.De repente surge do nada esses heróis de barro.Transformaram a suprema corte brasileira em palco de um espetáculo onde o espírito da lei é quebrado como uma peça de porcelana falsa.Esse julgamento sumario é ditatorial e fere o principio da defesa.Afirmo que ali não estão sendo julgados supostos réus e sim um partido politico. Já dizia tempos atrás nesse blog que qualquer desses supostos réus que forem condenados se apelassem para uma corte internacional de direitos humanos, ganharia em primeira instancia, e quando um deles disse que apelaria, veio estão a covardia: Porque  o Sr Barbosa apressou-se em dizer que nenhum recurso concedido em favor dos réus vindo de um tribunal internacional teria valor jurídico para contestar esse julgamento? Será ele está propondo que o Brasil deixe de fazer parte dos tratado da ONU sobre os direitos humanos?Parece que isso está bem claro. É o preludio de um golpe de estado. Sr. Joaquim Barbosa! Soberania não é impor a um cidadão condenações dignas de regimes opressores.Somos signatários da Carta das Nações Unidas no que se diz ao direito universal do homem.A lei é criada para ser cumprida e nunca para torná-la em uma simples portaria, ou a critério de quem quer que seja.O sapateiro não pode ir alem do sapato.
              Esse tribunal não está julgando o Sr. José Dirceu e o restante dos réus, e sim um partido político que mudou a historia desse país.Agora é praxe que em vespera de eleição se use de tudo  para prejudicar esse partido, mas por estranha coincidência deixaram o restante desse processo inquisitório para o segundo turno que certamente vai influenciar o resultado das urnas. Que falta de respeito! Como se pode descer tanto?
             A imprensa golpista agora chama alguns desses personagens de heróis.Isso é tripudiar os nossos verdadeiros heróis, que fazem parte do panteão da  nossa historia.Quanta falta de respeito!Querem arrancar o Lula do coração do povo através de quatro paredes e algumas “canetadas”.Sinceramente senhores desse tribunal! Os militares tinham muito mais escrúpulos. Cumpriam o seu dever obedecendo ordens superiores, embora estas fossem equivocadas.Nunca soube que alguns deles chamassem aleatoriamente alguns políticos daquela época de ladrões.Bons tempos em que se respeitavam adversarios. As provas estão nos arquivos abertos recentemente. Homens como Brizola,Ulisses,Juscelino.Jango entre outros tem a sua fica limpa e com certeza todos foram julgados a revelia.Hoje não,o réu já tem a sua pena fixada antes de ser julgado como no caso do Delubio, isso fere frontalmente o principio da lei, e nem a presunção da inocência foi levada em conta,pois o veredicto já estava pronto por um dos juízes.É a justiça do Torquemada. Pessoas são postas a execração publica e nela são  colocadas as marcas do diabo (stigmata diaboli).

             Genoino e Dirceu foram cassados pela segunda vez por tribunais montados especialmente para isso.Esse julgamento é ilegal no ponto de vista do direito do cidadão, os réus não tiveram um amplo direito de defesa.A mídia reacionária do jornalismo brasileiro ocupou o lugar da promotoria.O veredictos já eram previamente estabelecidos.Antes do julgamento as Organizações Globo já forçavam o resultado:” Hoje o Juiz fulano dará a sua sentença que por certo será pela condenação do réu fulano de tal”, e não dava outra coisa.Tudo em nome de uma falsa moral.Tudo em nome da subserviência de jornalistas comprometidos e sustentados pelo capital estrangeiro. Parece que esse é o nosso destino.Sermos capachos desse sistema perverso.E assim a ditadura continua,hoje fincada no judiciario, como me dizia Gervasio da Banca de Revistas do Careca localizada na  Praça Olimpio Campos em Aracaju.O velho comunista tinha razão.Um homem honrado, que foi torturado nos carceres da ditadura, mas nunca lhe faltou coragem para denunciar o arbitrio. O seu nome ficará para sempre na nossa historia.Soube que o seu neto Max Prejuizo foi eleito vereador em Aracaju.Parabens Max! Siga a trajetoria do seu avô.Um homem de principios

             Nunca na historia jurídica democrática se viu tamanha ilegalidade.Sabemos que o réu tem para si a presunção da inocência enquanto não se esgote todos os argumentos que possam inocentá-lo.Imagine se esse tribunal estivesse julgando essas pessoas, se fossem sujeitas a pena de morte,com certeza o cadafalso já estaria montado. A Globo postada na primeira fila excitando a populaça com refrães " patrióticos “ insuflando a massa.Brasil  "Delenda pt" e etc. É por isso que eu sou radicalmente contra a pena de morte, dar para imaginar quem seria executado. E essa imprensa ainda fala dos ditadores do Oriente Médio.Caras de pau.

             Existem alguns questionamentos pendentes que pesam no STF.Onde estava os senhores paladinos da justiça, quando Delfin Neto e Paulo Maluf deitaram e rolaram na época da ditadura?Quando os militares compraram cargos e criando a figura do bionico, e 90% dos políticos na época aderiram($) ao golpe?Quando FHC que cometeu o maior crime de lesa pátria jamais visto em nossa historia, vendendo a preço de banana nossas estatais, entre tantas, cito a CVRD, por miseros 3,5 milhões de reais, entregando ao capital estrangeiro a exploração das riquezas do solo brasileiro?Entregou mais de 8,5 milhões de Km2 por esta insultosa ninharia, e juntamente com o seu comparsa o Serra planejavam vender a Petrobrás e mais de 4,5 milhões de Km2 que corresponde ao nosso mar territorial.Eles já sabiam do Présal. Por deboche queriam trocar de ante mão o nome da empresa para PETROBRAX. Bem sujestivo não?Por onde anda a CPI dessas criminosas privatizações?Porque nunca saiu as CPIs dos tucanos e dos Demos?Porque parou?Parou porque?Como os senhores podem me convencer que este país está sendo passado a limpo?Ora senhores! Não zombem da minha inteligência.Sr Carlos Brito,pessoa a quem  depositava um grande respeito como jurista,dizer que esse nome fantasia (mensalão) era um golpe.Isso é um paradoxo de proporções sem tamanho.
               Eu já estou muito velho e cansado. Cansado ainda mais ao observar a continuidade do arbítrio e muito velho para ainda procurar e forças para lutar por este país que me viu nascer e por esta terra que verá meus ossos.Fiz parte desse processo de democratização e a queda da ditadura.Na primavera da minha vida eu ingressei no Movimento Democrático Brasileiro o MDB, a gloriosa frente de oposição ao regime da época. Quantas vezes sai do trabalho para perder noites escrevendo nos muros desse país, mensagens de revolta contra o arbítrio.
              Com volta do meu ídolo da juventude do exílio eu me  filiei-me ao PDT de Brizola Partido do qual hoje ainda me encontro. Sou um dos poucos remanescentes que ainda resta hojeJá se vão mais de 40 anos. Hoje faço parte do Movimento de Resistência Leonel Brizola com antigos companheiros,tentando resgatar as origens do velho e histórico PDT.
             Agora estou no inverno da minha existência.A morte já me puxa pelo manto, mas ainda encontro bastante lucidez para ensinar às gerações futuras, quais foram os verdadeiros brasileiros que lutaram para que esse direito inalienável seja mantido.O VOTO. E Para que essas gerações que seguirão em frente façam desse pais  uma grande e verdadeira nação independente. Uma nação onde seus filhos tenham orgulho cantar de peito erguido o seu hino nacional e não fazer com que se espere pacientemente o seu termino para começar um jogo de futebol. Aprender a olhar para o nosso pendão com respeito e orgulho e nunca deixá-lo servir de mortalha para nossos irmãos famélicos, que ainda mitigam a fome e a miséria catando alimento no lixo.O espírito do grande poeta dos escravos Castro Alves ainda espera que sejam banidos de vez os navios negreiros e o do nosso herói maior  o Tiradentes que ainda clama por “liberdade, ainda que tardia” frase tirada do poema "Écloga" de Virgilio. "Libertas quae sera tamen"

 Dedicado a Maria e Clarice viuvas de Fiel e Wladimir Herzog. Mortos nos porões da ditadura e tantos brasileiroa como Dirceu e Genoino que sacrificaram os verdes anos de suas vidas por esse Brasil a quem amamos

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