Reportagem mostra que ‘viga mestra’ da tese do STF é falsa e Dirceu reage à condenação
22/10/2012 21:01, Por Redação - de São Paulo
Materia extraida do Correio do Brasil online
Raimundo
Pereira, jornalista conhecido pelo rigor com que checa as informações que usa,
abre a reportagem a ser publicada na sua Revista do Brasil, edição nº 64, nas bancas a
partir do próximo 1º de novembro, com a afirmação de que “não houve o desvio de
R$ 73,8 milhões do Banco do Brasil, viga mestra da tese do mensalão”. E parte
para a demonstração dessa afirmação.
A matéria
disseca, analisa a fundo, a tese que Raimundo definiu como a “viga mestra” do
mensalão. Escreve: “Essencialmente, a tese do mensalão é a de que o petista
Henrique Pizzolato teria desviado de um “Fundo de Incentivo Visanet” R$ 73,8
milhões que pertenceriam ao Banco do Brasil. Seria esse o verdadeiro dinheiro
do esquema armado por Delúbio e Valério sob a direção de José Dirceu. Os
empréstimos dos bancos mineiros não existiriam. Seriam falsos. Teriam sido
inventados pelos banqueiros, também articulados com Valério e José Dirceu,
para acobertar o desvio do dinheiro público.”
A tese,
segundo Raimundo, é falsa. “O desvio dos 73,8 milhões de reais não existe” e
“os autos da Ação Penal 470 contêm um mar de evidências de que a DNA de Valério
realizou os trabalhos pelos quais recebeu os R$ 73,8 milhões”.
Raimundo
não afirma isso por simples boa fé ou por algum interesse em livrar este ou
aquele réu: no site da revista ele dá acesso a 108 apensos da Ação Penal 470
com documentos em formato pdf “equivalentes a mais de 20.000 páginas e que
foram coletados por uma equipe de 20 auditores do BB num trabalho de quatro
meses, de 25 de julho a 7 de dezembro de 2005 e depois estendido com
interrogatórios de pessoas envolvidas e de documentos coletados ao longo de
2006”.
Segundo
afirma, a auditoria foi buscar provas de que o escândalo existia de fato.
Encontrou documentos que provaram o contrário. Com base nas conclusões dos
auditores, Raimundo afirma que “o uso dos recursos do Fundo de Incentivo
Visanet pelo BB foi feito, sob a gestão do petista Henrique Pizzolato,
exatamente como tinha sido feito no governo FHC, nos dois anos anteriores à
chegada de Pizzolato ao banco. E mais: foi sob a gestão de Pizzolato, em meados
de 2004, que as regras para uso e controle dos recursos foram aprimoradas”.
O
jornalista diz que, tendo analisado toda a documentação da auditoria, encontrou
questionamentos e problemas. “Mas de detalhes. Não é disso que se tratou no
julgamento da AP 470 no entanto. A acusação que se fez e que se pretende impor
através do surto do STF é outra coisa. Quer apresentar os 73,8 milhões gastos
através da DNA de Valério como uma farsa montada pelo PT com o objetivo de
ficar no poder, como diz o ministro Ayres Britto, “muito além de um quadriênio
quadruplicado”.”
Em seguida,
Raimundo Pereira classifica a conclusão a que chegou o tribunal de “delírio”.
Escreve: “A procuradoria da República e o ministro Barbosa sabem de tudo isso
”. E conclui: “Se não o sabem é porque não quiseram saber: da documentação
tiraram apenas detalhes, para criar o escândalo no qual estavam interessados”.
Viga
mestra é a que sustenta a construção. Se ela é retirada, ou tem algum problema
grave, a própria construção não consegue permanecer de pé.
Dirceu
reage
Diante da
condenação pela maioria do STF, por seis votos a quatro, Dirceu divulgou nota,
na noite desta segunda-feira, na qual rebate as argumentações dos magistrados.
Leia, a seguir, a íntegra da nota: Matéria do Jornal Correio do Brasil
Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha
Mais uma
vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal em me
condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às
provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem
chefiei quadrilha.
Assim
como ocorreu há duas semanas, repete-se a condenação com base em indícios, uma
vez que apenas o corréu Roberto Jefferson sustenta a acusação contra mim em
juízo. Todas as suspeitas lançadas à época da CPI dos Correios foram rebatidas
de maneira robusta pela defesa, que fez registrar no processo centenas de
depoimentos que desmentem as ilações de Jefferson.
Como
mostra minha defesa, as reuniões na Casa Civil com representantes de bancos e
empresários são compatíveis com a função de ministro e em momento algum, como
atestam os testemunhos, foram o fórum para discutir empréstimos. Todos os
depoimentos confirmam a legalidade dos encontros e também são uníssonos em
comprovar que, até fevereiro de 2004, eu acumulava a função de ministro da
articulação política. Portanto, por dever do ofício, me reunia com as
lideranças parlamentares e partidárias para discutir exclusivamente temas de
importância do governo tanto na Câmara quanto no Senado, além da relação com os
estados e municípios.
Sem
provas, o que o Ministério Público fez e a maioria do Supremo acatou foi
recorrer às atribuições do cargo para me acusar e me condenar como mentor do
esquema financeiro. Fui condenado por ser ministro.
Fica
provado ainda que nunca tive qualquer relação com o senhor Marcos Valério. As
quebras de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico apontam que não há
qualquer relação com o publicitário.
Teorias e
decisões que se curvam à sede por condenações, sem garantir a presunção da
inocência ou a análise mais rigorosa das provas produzidas pela defesa, violam
o Estado Democrático de Direito.
O que
está em jogo são as liberdades e garantias individuais. Temo que as premissas
usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte
brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país
afora. A minha geração, que lutou pela democracia e foi vítima dos tribunais de
exceção, especialmente após o Ato Institucional número 5, sabe o valor da luta
travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia. Condenar sem provas
não cabe em uma democracia soberana.
Vou
continuar minha luta para provar minha inocência, mas sobretudo para assegurar
que garantias tão valiosas ao Estado Democrático de Direito não se percam em
nosso país. Os autos falam por si mesmo. Qualquer consulta às suas milhares de
páginas, hoje ou amanhã, irá comprovar a inocência que me foi negada neste
julgamento.
São
Paulo, 22 de outubro de 2012
JOSÉ DIRCEU
A FARSA DO STF
A quem interessa tudo isso que está
acontecendo no nosso país? Esse julgamento foi direcionado justamente para
reverter o quadro político brasileiro.A mídia envolvida transformou esse
julgamento em um espetáculo deprimente.Como uma suprema corte se comporta de
maneira até certo ponto servil a esse sistema golpista que nunca realmente
aceitou a volta da democracia no nosso país.As Organizações Globo outrora
soberanas hoje faz das tripas coração para se manter como líder em audiência e
assim arrasta as demais a fazerem programas pífios e despudorados, o que vale
apesar de tudo é a audiência de publico cada vez mais desinformado e alienado
com programações tendenciosas.há 20 anos atrás quando o Brizola era favorito em
todas pesquisas para presidente, a Globo fabricou um estereótipo político
justiceiro que ficou conhecido como “Caçador de Marajás” o Sr Fernando Collor
de Melo. Agora volta a carga tentando impor outro como paladino da justiça o
Ministro Joaquim Barbosa. Esse senhor ao longo da sua entrada no STF só tem
colecionado desafetos, sempre se achando o dono da verdade absoluta,sempre que
pode desrespeita o voto dos colegas ou debocha deles e isso foi facilmente
observado ao longo desse tribunal de inquisição,apesar de ele ser composto por
valorosos juízes cientes de suas responsabilidades para com a lei.A Globo
mostrou todo o seu poderio ao tentar
manipular o voto desses magistrados.Vimos claramente o ódio de alguns
deles ao proferir suas sentenças até a baba caía na toga.Não entendi porque
tanto ódio ou vingança.Sinceramente depois desse julgamento eu temo pelo o
estado de direito no Brasil.Esse julgamento pode abrir brechas para julgamentos
sumários e injustos, isto porque já não se precisa de provas contundentes e nem
tão pouco presunção de inocência ao réu e assim voltamos a idade das
trevas.Abaixo o Iluminismo.
1.
2.
ARNALDO GRUNOW
Eu
procurei assistir a algumas sessões do julgamento, e fiquei assustado com a
violência verbal e o ódio que alguns ministros destilavam em suas falas. A
justiça não se apaixona, analisa fatos provas e dá o seu veredito. não foi o
que ví! Assisti a um procurador da República informar que não é necessário
prova, basta que alguém veja o fato e o delate. Isto beira a insanidade e nos
remete à idade Média, aos tribunais de exceção e a Inquisição. Basta um
acusador! Estou assustado, como poderão enganar todos e durante quanto tempo? O
que fazer, se o Ministro Celso de Mello, raivosamente completava seu voto
dizendo…- ainda que alguns com expressiva e esmagadora votação popular, ainda
assim a justiça ira alcança-los. è uma ameaça direta à democracia
O clima de golpe nunca deixou de
existir para esse sistema mediático.A ditadura ainda não acabou e continua
presente desde 1985, quando foi substituída por uma outra(?)
Estamos vendo agora muitas
coincidências. O quadro abaixo mostra a volta do aliciamento psicológico da
população.Agora é a tese da do garoto pobre que venceu as suas vicissitudes e
torna-se um novo “salvador” da pátria.Ora eu também carreguei frete na
feira,fui auxiliar de mecânico,fui empregador de um bumba(fabrica de fazer
cachaça),balconista de loja,eletricista e hoje sou geógrafo e mal
“escrivinhador”.Mas me formei aos 58 anos de idade pela Universidade Federal de
Sergipe, e nunca sai em capa de gibi. Graças a Deus sou anônimo. (blog figueiroa)
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e
corrupta formará um público tão vil como ela mesma".
Millôr Fernandes em 2006:
"“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”.
Millôr Fernandes em 2006:
"“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”.
EROS GRAUS X JOAQUIM BARBOSA
Tribunal do povo
Joaquim Barbosa briga com
Eros Grau por causa de habeas corpus
A luta do bem contra o mal do
delegado Protógenes Queiroz chegou ao Supremo Tribunal Federal. Preocupado com
a opinião pública, o ministro Joaquim Barbosa censurou seu colega Eros Grau por
ter libertado Humberto Braz, braço direito do banqueiro Daniel Dantas. “Como é
que você solta um cidadão que apareceu no Jornal Nacional oferecendo suborno?”,
perguntou Joaquim.
Eros respondeu que não havia
julgado a ação penal, mas se havia fundamento para manter prisão preventiva.
Joaquim retrucou dizendo que “a decisão foi contra o povo brasileiro”. Em outro
round,
depois que Joaquim Barbosa — mais conhecido em Brasília como JB — deu
Habeas Corpus para garantir a Daniel Dantas o direito de não se auto-incriminar
em uma Comissão Parlamentar de Inquérito, Eros, em tom de gozação, comentou que
esse HC repercutira mais que o dele. JB enfureceu-se.
A partir daí, o exercício de
pancadaria verbal foi longe. Joaquim só não agrediu Eros porque foi contido.
Ele chamou o colega de velho caquético, colocou sua competência em questão, disse
que ele escreve mal “e tem a cara-de-pau de querer entrar na Academia
Brasileira de Letras”. Eros retrucou lembrando decisões constrangedoras de JB
que a Corte teve de corrigir e que ele nem encontrava mais clima entre os
colegas. O clima azedou a ponto de se resgatar o desconfortável boletim de ocorrência
feito pela então mulher de JB, tempos atrás: “Para quem batia na mulher, não
seria nada estranho que batesse em um velho também”, afirmou-se.
Depois da encrenca, Joaquim
Barbosa não voltou ao tribunal. O primeiro assalto teve lugar no Tribunal Superior
Eleitoral, onde ele divide a bancada com Eros Grau. Foi na terça-feira (12/8).
O segundo round
foi na hora do intervalo para o lanche, no STF. Os dois começaram a discutir à
distância, em voz baixa. Em pouco tempo, estavam aos berros — o que permitiu
que os advogados no Salão Branco acompanhassem o embate. JB foi embora e não
participou do resto da sessão. Tampouco voltou no dia seguinte. A justificativa
foi a de que o ministro estaria com a pressão alta.
O QUE O MINISTRO EROS GRAUS FALOU SOBRE JOAQUIM BARBOSA
O fato se
deu em Brasília, quando o ministro Joaquim Barbosa estava se separando da
mulher e disputava a guarda do filho.A mulher registrou um BO em uma delegacia,
no qual afirmava que ele a espancara
Quando ele
entrou para o supremo a única mulher na época era a ministra Ellen Grace, que
ao saber do fato disse: Vai vir para cá um espancador de mulher? – perguntou
preocupada ao colega Carlos Velloso. O ministro Jobim em tom de brincadeira
como pretexto para justificar a agressão
disse: A mulher era dele!
RICARDO LEWANDOWSKY IMPEDE QUE
ERRO CLAMOROSO SEJA CONSUMADO EM PLENÁRIO.
A Sessão (EXTRA) do STF
realizada ontem para dar início a definição das penas que serão aplicadas aos
RÉUS condenados na Ação Penal 470 demonstrou o quanto de absurdo e de arbítrio
está tomado o atual processo. O ÁPICE de uma conduta absolutamente
incompreensível por parte da mais alta CORTE do Brasil, se curvando à pressões
e realizando um julgamento de tamanha magnitude a toque de caixa, aos sopapos,
aos trancos e barrancos, na PRESSA - PRESSA - PRESSA de CONDENAR - CONDENAR -
CONDENAR e ENJAULAR - ENJAULAR - ENJAULAR os RÉUS.
Tomado pelo sucesso que lhe
subiu à cabeça, incorporando a falácia do HERÓI que vai VINGAR o povo
brasileiro dos corruptos, o Ministro JOAQUIM BARBOSA passou recibo de
despreparo, fruto de seu açodamento e ÂNSIA de "FINALMENTE" como ele
mesmo disse logo de início na sessão EXTRA do STF, poder aplicar a tal
DOSIMETRIA.
Não fosse a sessão de
ontem, e Barbosa teria tido tempo de com sua assessoria, revisar as penas
propostas, aparar arestas e corrigir erros, além de disponibilizar documento
para que os demais ministros pudessem acompanhar e entender o que o Relator
estava propondo. Mas, para Barbosa e alguns outros Ministros, parece ser
QUESTÃO DE VIDA E MORTE terminar esse julgamento até amanhã, dando tempo assim
para que a MÍDIA e a OPOSIÇÃO explorem o fato antes do segundo turno das
ELEIÇÕES.
A PRESSA - PRESSA - PRESSA
de Barbosa, acabou lhe valendo e a alguns dos demais Ministros, um
CONSTRANGIMENTO CAVALAR. Bateram cabeça do princípio ao fim, e Barbosa queria
punir com multa um crime (Formação de Quadrilha) para o qual esse tipo de
punição não existe no CPP, além de querer aplicar uma LEGISLAÇÃO não vigente à
época do crime, estabelecendo pena maior do que a LEI PERMITE.
Depois de devidamente
enquadrado pelo Ministro Revisor, que lembrou aos digníssimos pares de STF que
as PENAS APLICADAS AOS RÉUS (QUAISQUER RÉUS) devem ser SUFICIENTES, e não um
exercício de DEMOLIÇÃO, e diante de um RELATOR que não sabia onde estavam seus
papéis e nem lembrava mais como havia votado, a sessão foi suspensa.
NA "PRESSA", O
STF JOGOU FORA A OPORTUNIDADE DE, SERENAMENTE, MUDAR O PATAMAR COM QUE SÃO
VISTOS E PUNIDOS OS ATOS DE CORRUPÇÃO NO CAMPO POLÍTICO E ELEITORAL. POR CEDER
A PRESSÃO DA MÍDIA, O BRASIL ESTÁ SENDO COBERTO DE SUPREMA VERGONHA.
Alguns textos foram extraidos do blog do saraiva e algumas materias soltas de outros blogs progressistas
A SEGUIR: A PRIVATARIA TUCANA
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